sexta-feira, 14 de julho de 2023


REDAÇÃO CENTRAL, 12 Jul. 16 / 05:00 am (ACI).- São Luís Martin e Santa Zélia Guérin, pais de Santa Teresa de Lisieux, foram o primeiro casal a ser canonizado em uma mesma cerimônia na história da Igreja.
“Os santos esposos (...) viveram o serviço cristão na família, construindo dia após dia um ambiente cheio de fé e amor; e, neste clima, germinaram as vocações das filhas, nomeadamente a de Santa Teresinha do Menino Jesus”, disse o Papa Francisco em 18 de outubro de 2015, durante a Missa canonização.
A família, depois de dezenove anos de matrimônio, ante à crise econômica que afligia a França, querendo garantir o bem-estar e o futuro a seus filhos, encontrou a força para deixar a cidade francesa de Alençon e se mudar para Lisieux.
Luís Martin trabalhou como relojoeiro e joalheiro, e Zélia Guérin como pequena empresária de uma oficina de bordado. Junto com suas cinco filhas, deram seu tempo e seu dinheiro a fim de ajudar os mais necessitados.
Luís Martin nasceu em Bordeaux (França) em 1823 e faleceu em Arnières-sur-Iton (França) em 1894. Enquanto Maria Zélia Guérin nasceu em San Saint-Denis-Sarthon (França) em 1831 e faleceu em Alençon (França), em 1877.
Ambos foram pessoas devotas desde muito jovens. Durante sua juventude e antes de se conhecerem, Maria Zélia queria levar uma vida religiosa no mosteiro das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, enquanto Luís Martin sentia o mesmo desejo de dedicar sua vida a Deus e foi para o mosteiro do Grande São Bernardo.
Nenhum dos dois foi aceito, uma vez que Deus tinha outro plano para eles.
Os jovens se conheceram e o entendimento foi tão rápido que se casaram em 13 de julho de 1858, apenas três meses após seu primeiro encontro.
Levaram uma vida matrimonial exemplar: missa diária, oração pessoal e comunitária, confissão frequente, participação na vida paroquial.
De sua união, nasceram nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente.
Entre as cinco filhas que sobreviveram estava Santa Teresinha, a futura santa padroeira das missões, que é uma fonte preciosa para a compreensão da santidade de seus pais: educavam suas filhas para serem boas cristãs e cidadãs honestas.
Quando sua esposa Zélia morreu em 1877, Luís se viu sozinho para seguir adiante com sua família e suas filhas pequenas. Mudou-se para Lisieux, onde morava o irmão de Zélia; deste modo, a tia Celina pôde cuidar das filhas.
Entre 1882 e 1887, Luís acompanhou três de suas filhas para o Carmelo. O maior sacrifício foi se separar de Teresa, que entrou no Carmelo aos 15 anos e iniciaria seu caminho para a santidade.


quinta-feira, 13 de julho de 2023

Nossa Senhora da Rosa Mística - Festa 13 de julho


Nossa Senhora da Rosa Mística

Nossa Senhora apareceu a Pierina Gilli, uma enfermeira da cidade de Montechiari, na Itália, no quarto de um hospital onde ela trabalhava, em 1947. Nessa visão, a Virgem apresentava-se como uma belíssima senhora, vestida com uma túnica púrpura e um véu branco. Em seu peito, três espadas cravavam o coração. Seu rosto demonstrava profunda tristeza. Nossa Senhora chorava e disse à enfermeira: "Oração, Penitência e Expiação."
Em uma segunda aparição, Nossa Senhora já aparecia com as espadas substituídas por três rosas: uma branca, uma cor de rosa e uma dourada. Nesta aparição, pediu oração pelos sacerdotes através de uma nova devoção mariana a ser instituída em todo o mundo. Pediu também, que o dia 31 de cada mês fosse consagrado a Ela e que, anualmente, todo dia 13 de julho fosse dedicado à Rosa Mística.
Várias outras aparições à Pierina são relatadas e nelas Nossa Senhora sempre pede a oração e a penitência bem como o cuidado com as instituições religiosas e as vocações sacerdotais. Além disso, realiza muitas curas. Em uma das aparições, manifestou o desejo de ser venerada como Nossa Senhora da Rosa Mística e decretou o meio-dia do dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, como a "hora da graça".
Há uma interpretação para o simbolismo das três espadas e das três rosas que apareceram no coração de Maria. A primeira espada representa a escassez das vocações; a segunda, os pecados mortais dos sacerdotes, monges e monjas e, a terceira, seria a representação do sofrimento pelos dos sacerdotes e monges que cometem a mesma traição de Judas. Já as rosas simbolizam: a rosa branca, o espírito de oração; a vermelha, o espírito de expiação e sacrifício e, a dourada, o espírito de penitência - os três pedidos de Nossa Senhora aos fiéis.

Oração à Nossa Senhora da Rosa Mística

Rosa Mística, Virgem Imaculada, Mãe da Graça, para honra de Vosso Divino Filho, nos ajoelhamos diante de Vós, implorando a misericórdia de Deus. Não por nossos méritos, mas, pelo amor de Vosso Coração Maternal, nós vos suplicamos que nos concedais proteção e graça, com a certeza de que nos haveis de atender.

Ave, Maria…

Rosa Mística, Mãe de Jesus, Rainha do Santo Rosário e Mãe da Igreja, corpo místico de Jesus Cristo, nós vos pedimos que concedais ao mundo, dilacerado pela discórdia, a unidade e a paz e todas aquelas graças que podem mudar o coração de tantos de teus filhos.

Ave, Maria…

Rosa Mística, Rainha dos Apóstolos, fazei florescer, à volta dos altares Eucarísticos, muitas vocações sacerdotais, religiosos e religiosas, que difundam, com a santidade de sua vida e com zelo apostólico pelas almas, o Reino de Vosso Filho Jesus por todo o mundo. E derramai sobre nós, também, a abundância de Vossas graças celestiais!

Ave, Maria…

Salve, Rainha…

Maria, Rosa Mística, Mãe da Igreja, rogai por nós!

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA ROSA MÍSTICA

Ó Maria Santíssima, Senhora Rosa Mística, eu me consagro inteiramente a vós.
Consagro-vos o meu entendimento, para que eu possa sempre vos amar.
Consagro-vos a minha língua, para que eu possa sempre vos louvar.
Consagro-vos o meu coração, para que eu seja totalmente vosso.
Recebei-me, ó Mãe incomparável, no ditoso número de vossos servos. Acolhei-me debaixo de vossa proteção, socorrei-me em minhas necessidades temporais e espirituais e, sobretudo, na hora da minha morte.
Abençoai-me e fortalecei a minha fé para que, amando-vos nesta vida, eu possa contemplar para todo sempre a vossa face, no céu.
Am.
Fonte: Amai-vos


A aparição

Nossa Senhora realizou uma aparição para a enfermeira Pierina Gilli, no quarto de um hospital onde ela trabalhava em Montechiari, na Itália, no ano de 1947.  Na aparição, Nossa Senhora apareceu como uma senhora muito bonita, vestindo um véu branco e uma túnica púrpura. Ela tinha três espadas perfurando seu coração. Ela aparentava estar com uma tristeza muito profunda.  Foi então que a Virgem, chorando, disse à enfermeira: “Oração, Penitência e Expiação.”
A segunda aparição

Passado um tempo, Nossa Senhora realizou uma segunda aparição. Nela, as três espadas se transformaram em três rosas: uma cor de rosa, uma branca e uma dourada.  Quando apareceu, pediu que todos orassem pelos sacerdotes através de uma nova devoção mariana que seria difundida pelo mundo.  Ela também pediu, na aparição, que o último dia de todos os meses fosse consagrado a Ela e que o dia 13 de julho fosse definido como o dia da Rosa Mística.
Mais aparições e milagres

Diversas outras aparições à enfermeira Pierina foram relatadas. Em todas elas, Nossa Senhora da Rosa Mística pedia a penitência, a oração e o cuidado com as vocações sacerdotais e com as instituições religiosas. Além disso, a Virgem curou inúmeros enfermos.  Em uma das aparições, disse que tinha intenção de ser venerada como Nossa Senhora da Rosa Mística e ordenou que o meio-dia do dia 8 de dezembro fosse a festa da Imaculada Conceição, também chamada de “hora da graça”.
A simbologia das espadas e rosas

Existe um significado para as três rosas e para as três espadas que apareceram no coração de Maria. Uma das espadas simboliza a escassez das vocações; outra espada representa os pecados mortais dos religiosos e a última simboliza o sofrimento sentido pelos sacerdotes e monges que cometeram a mesma traição de Judas. Por outro lado, as rosas representam os três pedidos de nossa senhora, sendo eles: o espírito de oração, representado pela rosa branca; o espírito de expiação e sacrifício, simbolizado pela rosa vermelha e o espírito de penitência, simbolizado pela rosa dourada.

Consagração a Nossa Senhora da Rosa Mística

“Ó Maria Santíssima, Senhora Rosa Mística, eu me consagro inteiramente a vós.
Consagro-vos o meu entendimento, para que eu possa sempre vos amar.
Consagro-vos a minha língua, para que eu possa sempre vos louvar.
Consagro-vos o meu coração, para que eu seja totalmente vosso.
Recebei-me, ó Mãe incomparável, no ditoso número de vossos servos. Acolhei-me debaixo de vossa proteção,
socorrei-me em minhas necessidades temporais e espirituais e, sobretudo, na hora da minha morte.
Abençoai-me e fortalecei a minha fé para que, amando-vos nesta vida, eu possa contemplar para todo sempre a vossa face, no céu.
Amém.”


A mensagem de Nossa Senhora Rosa Mística

Nossa Senhora Rosa Mística, em suas primeiras aparições, nos deixa uma mensagem de fé e de esperança para toda a Igreja.

Em sua mensagem, Nossa Senhora Rosa Mística nos convida a entrar na dinâmica da graça que animou toda a sua existência terrena. As primeiras aparições da Rosa Mística aconteceram em Montichiari (Montes Claros), na Itália, e deram início à esta devoção, que se espalhou por todo o mundo, conforme foi prometido por ela. Nossa Senhora, que apareceu na noite entre 23 e 24 de novembro de 1946 à irmã Pierina Gilli sob o título de Rosa Mística, nos convida a nos voltar para o seu Coração Imaculado e nele encontrar o espírito de “oração, penitência e sacrifício”, que tanto agrada o Sagrado Coração de Jesus Cristo, seu amado Filho. A mensagem da Rosa Mística aponta, à luz do seu “sim” ao mistério da Encarnação do Verbo1, para o “sim” que somos todos chamados a dizer para a vontade de Deus em nossas vidas. Como a Virgem de Nazaré, somos impelidos pelo Espírito Santo a dizer: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”2. E, movidos também pelo Espírito de Deus, como a irmã Pierina, somos chamados acolher a mensagem da Rosa Mística.
Aos nos deparar com o título de Rosa Mística, podemos pensar em muitas coisas e nos desviar daquilo que é a essência da mensagem das aparições de Nossa Senhora. Para nos livrar deste erro, a própria Virgem Maria, na sua terceira aparição, responde à irmã Pierina: “o nome Rosa Mística não tem, em si, nada de novo. De Rosa Mística fui chamada naquele momento em que meu Divino Filho Jesus se fez homem. Na Rosa Mística está simbolizado o FIAT da Redenção3 e o FIAT da minha colaboração4. Eu sou a Imaculada Conceição, a Mãe do Senhor, a Mãe da Graça e a Mãe do Corpo Místico: a Igreja! A graça do Senhor e a sua misericórdia ainda farão florescer a Rosa Mística na Igreja. […] E, se atenderem ao meu maternal convite, Montichiari se tornará o lugar do qual a luz mística se irradiará para todo mundo. Sim, tudo isso acontecerá!5”
Em sua primeira aparição, em 1947, Nossa Senhora aparece com o semblante triste, com um manto roxo e tinha três espadas cravadas em seu peito. Nesta aparição, os lábios da Virgem Maria se abriram somente para dizer docemente: “oração, sacrifício e penitência”, depois ela ficou em profundo silêncio. Na segunda aparição, a Rosa Mística explica o significado dessas três espadas: a primeira espada significa a perda culposa da vocação sacerdotal ou religiosa; a segunda espada, a vida em pecado mortal das pessoas consagradas a Deus; a terceira espada, a traição daquelas pessoas que, ao abandonarem sua vocação sacerdotal ou religiosa, perdem também a fé e se transformam em inimigos da Igreja6.
Assim, Nossa Senhora Rosa Mística é a Mãe de Deus, a Mãe da Graça e a Mãe do Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja! Como nos indicou a Rosa Mística, desde a sua primeira aparição, nos coloquemos em “oração, sacrifício e penitência” pelas almas consagradas ao Senhor, especialmente pelos sacerdotes, que são os filhos prediletos da Virgem Maria. Transformemos em lindas rosas as espadas que, pela infidelidade dos servos e servas de Deus, foram cravadas em seu coração de Mãe. Rezemos, de modo especial, o Rosário Mariano, como recomendou a Mãe da Igreja à irmã Pierina para dizer a todos nós: “diga a meus filhos que rezem o santo terço”8. Nossa Senhora Rosa Mística, rogai por nós!
Nesta mesma aparição, a Virgem Mãe de Deus estava vestida de branco e no peito, no lugar das três espadas, tinha três lindas rosas, nas cores branca, vermelha e amarelo-dourada, que simbolizam a reparação das “espadas”. A rosa branca significa o espírito de oração com o qual devemos pedir a reparação das vocações traídas, pelas vocações sacerdotais e religiosas. “O brilho da rosa vermelha é para lembrar o espírito de sacrifício, para reparar os pecados mortais cometidos pelas almas consagradas a Deus e mostrar a misericórdia do Senhor que deseja reavivar a chama do amor nos corações”7. A rosa amarelo-ouro significa o espírito da penitência em favor do clero, em reparação ao espírito de traição de Judas.

Referências:
1 Cf. Lc 1, 26-38.
2 Lc 1, 38b.
3 A aceitação amorosa, o faça-se (do latim fiat), da Virgem Maria ao sacrifício de seu Filho Jesus Cristo no Calvário. Cf. Jo 19, 25-27.
4 O acolhimento sem reservas, o faça-se (do latim fiat), da Virgem Maria à vontade do Altíssimo, ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. Cf. Lc 1, 38.
5 VENTURA, Gregório. Rosa Mística: o jardim celestial perfeito. São Paulo: Palavra & Prece, 2013, p. 97-98.
6 VENTURA, Gregório. Op. cit., p. 101.
7 Idem, p. 100.


sábado, 23 de julho de 2016

São Francisco Solano - 14 de Julho


São Francisco Solano
1549-1631
Francisco era descendente de nobres, nasceu no dia 10 de março de 1549, em Montilla, na Andaluzia. Os pais, Mateus Sanches Solano e Ana Gimenez, cristãos fervorosos, muito cedo o enviaram para o colégio dos jesuítas, que formariam seu caráter. Aos vinte anos, por inspiração e dons, ordenou-se franciscano. A sua conduta exemplar logo o levou a cargos importantes dentro da Ordem, os quais logo abandonava. O que mais ansiava era ser um missionário. Mesmo não tendo uma retórica eloqüente, arrebatava seus ouvintes pela convicção na fé que professava.

Santa Catarina Tekakwitha - 14 de Julho


Santa Catarina Tekakwitha
Bem-aventurada
1656-1680
Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã, catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo.

São Camilo de Léllis - 14 de Julho



São Camilo de Léllis, servia a Cristo na pessoa do doente

Deus suscitou nele a santidade de ver nos doentes a pessoa de Cristo e também o carisma dos ‘Camilianos’

Nasceu no ano de 1550 na Itália. Filho de pai militar, também seguiu essa carreira, mas não pode prosseguir devido a um tumor em um dos pés. Recorreu ao hospital de São Tiago em Roma, onde viveu sua compaixão pelos outros doentes.
Porém, ele deu um ‘sim’ ao pecado, entregando-se ao vício do jogo, onde perdeu tudo e ficou na miséria total. Saiu do hospital devido o seu temperamento. Foi de hospital em hospital para cuidar de sua ferida, até bater na porta dos franciscanos capuchinhos e ali quis trabalhar na obra de Deus.
Com 25 anos começou o seu processo de conversão. No hospital em Roma, Deus suscitou nele a santidade de ver nos doentes a pessoa de Cristo e também o carisma dos ‘Camilianos’. Camilo também viveu uma bela amizade com São Felipe Néri.
Entrou para os estudos, foi ordenado sacerdote, e vendo a realidade dos peregrinos de Roma, que não tinham uma assistência médica digna, foi brotando nele o carisma de servir a Cristo na pessoa do doente, do peregrino. E muitos se juntaram a ele nessa obra. Em cada sofredor está a presença do Crucificado.
São Camilo partiu para o céu em 1614.
São Camilo de Léllis, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova em 2016

São Camilo de Léllis, patrono dos enfermos


Patrono

São Camilo de Lelis é patrono dos enfermos e protetor dos hospitais.

Origens

Nascido em 25 de maio de 1550 na vila Bucchianico, em Chieti, ao Sul da Itália.
Filho de uma família nobre e tradicional, Camilo foi gerado quando seus pais já eram idosos. Sua mãe, Camila Compelli, era uma boa cristã e cuidava da casa; e seu pai, João de Lellis, um homem de carreira militar que passava muito tempo fora de casa. Ambos ficaram felizes com a chegada do filho, embora estivessem em idade avançada.
Devido ao fato de sua mãe ter quase 60 anos de idade, Camilo nasceu num parto arriscado, mas uma criança saudável.
Camilo cresceu sendo cuidado pela mãe, uma mulher de fé que o educou com princípios cristãos católicos e com bons costumes. No entanto, quando ele tinha 13 anos, sua mãe faleceu, e Camilo teve que ir morar com o pai, que tinha uma vida instável por conta da carreira militar, e que, apesar de ser um bom cristão, era viciado em jogos, o que não era bom exemplo para o filho.

Cotidiano e entrada na carreira militar

Quando tinha 14 anos de idade, Camilo foi colocado para trabalhar como soldado, uma vez que seu pai percebeu que ele não gostava de estudar e era um pouco rebelde. Ele foi um bom soldado e tinha uma boa estrutura física para os serviços braçais. O jovem Camilo perdeu seu pai com 19 anos, e ficou com uma situação financeira complicada, porque seu velho pai havia deixado como herança apenas suas armas, um punhal e uma espada.
Camilo foi voluntário no exército veneziano, e, nesse serviço, testemunhou como era a vida de enfermos agonizantes que viviam diversas doenças. Ele também passou a conviver com uma úlcera no pé, que o fez passar dificuldades financeiras. Assim como seu pai, Camilo foi se encantando com os prazeres mundanos, levando uma vida profana e viciando-se em jogos.

O encontro com o carisma franciscano

Em 1570, com 20 anos de idade, Camilo teve um encontro que mudaria sua vida. Conheceu um jovem frade franciscano e sentiu-se atraído pelo carisma de São Francisco de Assis. Por isso, logo pediu para ingressar na ordem, mas seu pedido não foi aceito, porque Camilo tinha o grave problema da úlcera no pé.
Diagnosticado com um tumor incurável e sem dinheiro para cuidar-se, Camilo partiu para Roma para pedir socorro no Hospital Santiago. No local, ele se ofereceu para trabalhar como auxiliar de enfermeiro, para assim também cuidar da sua enfermidade. Convivendo com as diversas realidades no hospital, ele foi sentindo que Deus o chamava a uma missão que seria também sua via de santificação: servir aos enfermos como se estivesse cuidando de Cristo.
Camilo viveu uma bela amizade com São Felipe Neri, e sob sua orientação voltou aos estudos aos 32 anos; em 1584, com seus 34 anos, foi ordenado sacerdote.
Com o ardor no coração de continuar a servir os doentes e mais necessitados, Padre Camilo fundou a irmandade dos voluntários dos enfermos para cuidar dos doentes pobres e miseráveis. Muitos homens de bom coração se uniram a ele nessa obra, e assim o grupo foi crescendo, tornando-se uma congregação dos voluntários dos enfermos.
Em 1591, a congregação foi elevada pela Santa Sé Apostólica à categoria Ordem Religiosa, sendo conhecida como Ordem dos Ministros dos Enfermos.
São Camilo foi o superior da Ordem durante 20 anos. Ele ensinou os seus irmãos a cuidarem dos enfermos como eles precisavam ser tratados.

Páscoa

Mesmo com as dores do seu tumor no pé, São Camilo trabalhou duro até suas forças se esgotarem e ele falecer com seus 64 anos de idade no dia 14 de julho de 1614 em Roma.

Beatificação

Em 29 de junho de 1746, dia da Festa de São Pedro e São Paulo, o então Papa Bento XIV declarou como santo o nome de Camilo de Lellis.

Um milagre

A úlcera no pé de São Camilo de Lellis sumiu assim que ele morreu.

Ensinamentos de São Camilo de Lellis

Até os dias atuais, os Camilianos buscam viver os princípios deixados por São Camilo de Lellis: viver um amor fraterno, amar a Ordem, unir-se e dedicar-se ao apostolado dos enfermos, trabalhar com alegria, cooperar na obra de Deus a partir da promoção da saúde e cura dos ferimentos, sempre acreditar que, como filhos amados de Deus, continuamente preservar a dignidade humana dentre outros.

Camilianos no Brasil

Atualmente, no Brasil, a Ordem dos Camilianos está presente em muitos estados, dentre eles em Santa Catarina no Seminário e o Hospital Iomorê; a Igreja e o Seminário de Jaçanã, a casa, o Ambulatório e o Santuário no Rio de Janeiro; parte do Seminário, localizado na Granja Viana, na cidade de Cotia, em São Paulo.
No estado de São Paulo, na cidade de Santo André, está localizada a Paróquia São Camilo de Lellis.

Algumas frases do santo

“Deixe tudo nas mãos de Deus, e recorra a Nossa Senhora.”
“Não faça oração que corta as asas da caridade.”
“Os doentes são a pupila e o rosto de Deus.”
“Todos peçam a Deus que lhes dê um amor de mãe para com o próximo.”
“Os doentes nos revelam o rosto de Deus.”
“Tudo passa, o bem permanece.”

A minha oração

“São Camilo, ensina-me a ser o olhar de misericórdia para com os que sofrem e contemplar nos necessitados sempre um Cristo que espera por ser acolhido, amado e cuidado. Recorda-me sempre que, como filho (a) amado (a) de Deus, também preciso oferecer amor. Ajuda-me a entender os momentos de sofrimentos nessa terra como uma via de santificação para minha alma. Concede àqueles que cuidam de enfermos a graça de serem amorosos e generosos na vivência do serviço.”

São Camilo de Lellis, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 14 de julho:

Em Bréscia, hoje região da Itália, Santo Optaciano, bispo, que subscreveu a carta sinodal sobre a fé católica a respeito da Encarnação, enviada por Eusébio, bispo de Milão, ao papa São Leão. († s. V)
- Atualmente na Bélgica, São Vicente ou Madelgário, que, com o assentimento da esposa Santa Valdetrudes, abraçou a vida monástica e, segundo a tradição, fundou dois mosteiros. († c. 677)
- Atualmente na Holanda, São Marquelmo, presbítero e monge, de origem inglesa, que, desde a infância, foi discípulo de São Vilibrordo e seu companheiro nos trabalhos de evangelização. († c. 775)
- Atualmente na Chéquia, o Beato Crosnato, mártir, que, depois da morte da esposa e do filho, abandonou a corte do rei para entrar no cenóbio dos Premonstratenses em Teplá e, ao defender os direitos do mosteiro, foi feito prisioneiro e abandonado até morrer de fome. († 1217)
- Em Verona, no Véneto, região da Itália, Santa Toscana, que, depois da morte do esposo, deu todos os seus bens aos pobres e se dedicou incansavelmente, na Ordem de São João de Jerusalém, ao cuidado dos enfermos. († 1343/1344)
- Em Folinho, na Úmbria, também região da Itália, a Beata Angelina de Marsciano, que, ao ficar viúva, se consagrou totalmente, durante mais de cinquenta anos, ao serviço de Deus e do próximo e deu início à ordem religiosa das Terciárias Franciscanas de clausura, para se dedicar à educação da juventude feminina. († 1435)
- Em Valência, na Espanha, o Beato Gaspar de Bono, presbítero da Ordem dos Mínimos, que abandonou as armas dos príncipes terrenos para servir a Cristo Rei e governou as casas da província espanhola da Ordem com zelo, prudência e caridade. († 1604)
- Em Lima, no Peru, São Francisco Solano, presbítero da Ordem dos Frades Menores, que, para a salvação das almas, percorreu por toda a parte as regiões da América do Sul e, com a sua palavra e o seu testemunho, ensinou aos indígenas e aos próprios colonos espanhóis a novidade da vida cristã. († 1610)
- Em Londres, na Inglaterra, o Beato Ricardo Langhorne, mártir, insigne jurista, que, acusado falsamente de conspiração, no reinado de Carlos II, foi condenado à morte e entregou a alma a Deus no patíbulo de Tyburn. († 1679)
- Em Cerecca-Ghebaba, localidade da Etiópia, o Beato Ghebre Miguel, presbítero da Congregação da Missão e mártir, que entrou na unidade da Igreja católica, e por isso sofreu durante treze meses o cárcere e caminhadas forçadas impelido por soldados, com os pés presos com cadeias, até que morreu consumido pelas incessantes flagelações, pela sede e pela fome. († 1855)
- Na cidade do Hebei, província da China, São João Wang Guixin, mártir, que, recusou manchar-se com uma pequena mentira que lhe poupava a vida e morreu por Cristo. († 1900)

Fontes:
www.camilianos.org.br
- Martirológio Romano – liturgia.pt
- www.vaticannews.va
- planosaocamilo.com.br
- blog.camilianos.org.br
- aleteia.org

– Pesquisa e redação: Rane Nascimento CN

– Produção e edição: Bianca Vargas

São Camilo de Léllis

São Camilo de Léllis
1550-1614
Fundou a congregação
dos Ministros Camilianos

Camila Compelli e João de Lellis eram já idosos quando o filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em casa. Ela também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália.
Cresceu e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo o que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo, aos quatorze anos, não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético, era requisitado para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução.
Tinha dezenove anos de idade quando o pai morreu e deixou-lhe como herança apenas o punhal e a espada. Na ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na Ordem, mas foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável.
Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Mesmo assim, afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito.
O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão.
Um dia, a caminho do trabalho, teve uma visão celestial, nunca revelada a ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu para ingressar na Ordem dos Franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua ferida no pé.
Mas os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado pela graça, dessa vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como voluntário. Mas preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados, abandonavam-nos à própria sorte, deixando-os passar privações e vexames.
Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem, pois sua congregação, em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano, sendo elevada à categoria de ordem religiosa.
Eleito para superior, dirigiu por vinte anos sua Ordem dos padres enfermeiros, dizem que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e juventude. Depois, os últimos sete anos de vida preferiu ficar ensinado como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar os doentes em casa e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nessa hora, agradecia a Deus a estatura física que lhe dera.
Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro correu entre os fiéis, que, ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886, foi declarado Padroeiro dos Enfermos, dos Doentes e dos Hospitais.
Fonte: Paulinas em 2015

S. Camilo de Léllis

São Camilo de Léllis, nasceu em Bucchiánico de Chieti, seu pai era marquês, homem de armas e herdou do pai a coragem e a espada. Sempre ficava internado no hospital de São Thiago em Roma, buscando tratamento para um tumor, pagava a diária do hospital trabalhando de servente, pois o vício do jogo fê-lo perder todo o dinheiro que tinha. Colocou-se então a serviço dos capuchinhos e nesse período teve a graça da conversão e decidiu mudar de vida.
Ficou então como ajudante no hospital, servindo principalmente aos doentes mais repugnantes, ausentando-se apenas nos domingos de folga, que passava ao lado de São Felipe Néri, pelo qual foi influenciado na determinação da obra que estava para empreender.
No final do ano Santo de 1575, quando os poucos hospitais romanos mostravam-se insuficientes para atender todos os peregrinos necessitados de assistência que São Camilo de Léllis fundou a Congregação dos Ministros, ou seja, servidores dos enfermos que deveriam cuidar espiritualmente e corporalmente dos doentes. Passado dois anos, São Camilo foi ordenado sacerdote e continuou dirigindo por vinte anos seus religiosos. Sua dedicação aos doentes era tanta, que sempre repetia quando alguém queria tirá-lo do leito dos enfermos: "estou ocupado com nossoSenhor Jesus Cristo."
Seu exemplo é uma inspiração para nós no cuidade dos doentes e sofredores, num mundo cada vez mais tecnicizado e sem alma. Ficou célebre seu grito, junto aos profissionais da saúde de então, e que não perdeu sua atualidade após quase 4 séculos: " mais coração nas mãos, irmão". Ou seja, a competência profissional (mãos) tem que estar junto com a competência humana (coração). O amor busca a técnica e a ciência para melhor servir. Isto é humanizar! Para São Camilo o cuidado tem como medida a sensibilidade feminina quando diz: "Desejamos, com a graça de Deus, servir a todos os enfermos com aquele amor que uma mãe amorosa cuida de único filho enfermo".


Relíquia do coração de São Camilo de Lellis

O coração é o símbolo da sensibilidade e do amor humano. O coração de São Camilo que foi extraído do seu corpo na noite de sua passagem desta vida para a vida eterna (14 de julho de 1614) está preservado como relíquia, na Casa Geral dos Camilianos em Roma, no quarto em que São Camilo morreu e que posteriormente foi transformado num pequeno oratório.
Foi canonizado em 1746, em 1886 foi declarado patrono dos enfermos e dos hospitais.
Fonte: Catolicanet em 2013

São Camilo de Léllis

São Camilo de Léllis, nasceu em Bucchiánico de Chieti, seu pai era marquês, homem de armas e herdou do pai a coragem e a espada. Sempre ficava internado no hospital de São Thiago em Roma, buscando tratamento para um tumor, pagava a diária do hospital trabalhando de servente, pois o vício do jogo fê-lo perder todo o dinheiro que tinha. Colocou-se então a serviço dos capuchinhos e nesse período teve a graça da conversão e decidiu mudar de vida.
Ficou então como ajudante no hospital, servindo principalmente aos doentes mais repugnantes, ausentando-se apenas nos domingos de folga, que passava ao lado de São Felipe Néri, pelo qual foi influenciado na determinação da obra que estava para empreender.
No final do ano Santo de 1575, quando os poucos hospitais romanos mostravam-se insuficientes para atender todos os peregrinos necessitados de assistência que São Camilo de Léllis fundou a Congregação dos Ministros, ou seja, servidores dos enfermos que deveriam cuidar espiritualmente e corporalmente dos doentes. Passado dois anos, São Camilo foi ordenado sacerdote e continuou dirigindo por vinte anos seus religiosos. Sua dedicação aos doentes era tanta, que sempre repetia quando alguém queria tirá-lo do leito dos enfermos: "estou ocupado com nosso Senhor Jesus Cristo."
São Camilo de Léllis morreu no dia 14 de Julho do ano 1614, foi canonizado em 1746. Em 1886 foi declarado patrono dos enfermos e dos hospitais.
http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=30

São Camilo de Lellis


Fundador da Ordem Ministros dos Enfermos (Camilianos - MI)

Comemoração litúrgica: 14 de julho.

Também nesta data: São Francisco Solano e São Gaspar de Bene.

São Camilo nasceu no ano de 1550, em Bicchianico, cidade do reino de Nápoles.  O dia do nascimento foi o da morte de sua mãe. Na idade de seis  anos, perdeu o pai, oficial do exército. Do pai, parecia ter-lhe vindo a predileção pela vida militar. Mal soube ler e escrever, alistou-se no exército e, moço de 19 anos apenas,  tomou parte numa campanha contra os turcos. Gravemente doente,  voltou a Roma,  onde foi internado no Hospital dos Incuráveis.  A paixão, porém,  pelo jogo,  fez com que o demitissem daquele estabelecimento.  Posto na rua, doente, pobre,  procurou serviço como servente de pedreiro, trabalhando em seguida numa casa que os capuchinhos estavam construindo.
Apesar dos erros cometidos, Deus não o abandonou. Uma conversa que teve com o guardião do convento, abriu-lhe os olhos. Largou do jogo,  fez penitência e invocou a misericórdia divina. Camilo tinha então 25 anos.  Entrou na Ordem dos Capuchinhos, onde fez o noviciado e passou para os franciscanos. Estes, porém, não lhe consentiram  a permanência na Ordem por causa de uma úlcera que tinha no pé,  e que pelos médicos fora declarada incurável.  Acabrunhadíssimo, dirigiu-se ao Hospital de São Tiago, em Roma,  onde foi aceito e por uma feliz circunstância, nomeado administrador do mesmo.  Nesta nova posição,  se dedicou exclusivamente ao serviço dos  enfermos. Observando que os enfermeiros assalariados muito mal cumpriam o dever e os pobres doentes, devido a  esta circunstância,  sofriam muitos vexames e privações,  Camilo começou a  ocupar-se com o problema de  adquirir enfermeiros que, iguais a ele, tomassem  este encargo somente por amor a Deus.  A conselho de São Filipe Néri, organizou uma irmandade religiosa, cujos  membros se  obrigavam a tratar dos doentes, sem para isto aspirar outra recompensa, a não ser a de Deus. Os primeiros  poucos irmãos  eram leigos, aos quais  mais  tarde  se associariam alguns sacerdotes.  Adquiriram uma casa, onde moraram em comunidade.  Esta tomou incremento e, em bem pouco tempo,  Camilo teve  necessidade de abrir institutos idênticos na Itália,  Sicília e outras partes da Europa.  Seguindo ainda o conselho de São Filipe  Néri e o exemplo de Santo Inácio, apesar dos seus 32 anos,  voltou ao estudo e recebeu o sacramento da Ordem. Sacerdote, podia, além de médico corporal, ser médico das almas.
A bula da canonização enaltece a  virtude da  caridade, que fez Camilo ser uma verdadeira mãe para os doentes.
A caridade chegou-lhe ao extremo por ocasião da peste em Roma.  Embora doente e sofrendo dores horríveis no pé, ia de casa em casa, procurando, socorrendo e consolando os pobres doentes.  Numerosos são os casos, em que foi visto levando às costas os doentes ao hospital, onde os tratava com o maior carinho. Quando a  peste fez entrada em Milão e Nola, Camilo acompanhou-a levando consigo a caridade, que o fez praticar maravilhas de mortificações e zelo apostólico. É de admirar que Deus recompensasse seu servo, dando-lhe diversos dons sobrenaturais, de que este se aproveitou para salvar as almas?  Muitos doentes recuperaram a saúde só pela palavra e oração do Santo. Muitos se  converteram dos pecados, por lhes ter Camilo mostrado que estes eram a causa da doença, e o perigo de viver em pecado mortal.
Camilo era humilde e  por causa da humildade, o homem mais querido em Roma. Chorando sempre os pecados da mocidade, dizia-se indigno de morar entre os homens e julgava-se  merecedor do inferno.  Palavras de elogios entristeciam e irritavam-no.  Não permitia que o chamassem fundador de uma Ordem e, depois de 27 anos de Superior,  pediu que lhe tirassem este fardo e o pusessem debaixo da obediência.
Camilo era caridoso para com os outros e severo para consigo. Muito doente,  sofria muitas dores, mas nunca se lhe ouvia da boca uma palavra de queixa ou gemido de dor.  Tendo diante de si seus  pecados e  o inferno por eles merecido, menosprezava a dor, por mais intensa e cruel  que fosse.
Gravemente enfermo e  desenganado pelos  médicos, Camilo recebeu o Santo Viático das mãos do cardeal Ginnásio, amigo e protetor da Ordem. Vendo a sagrada Hóstia,  disse,  com as  lágrimas nos olhos:  “Alegro-me por me terem dito que entrarei na casa do Senhor. Reconheço, Senhor,  que sou dos pecadores o maior e indigno de receber vossa graça;  salvai-me segundo a vossa misericórdia. Ponho a minha confiança nos merecimentos do vosso preciosíssimo sangue”.  Terminou a vida no ano de 1614, tendo 65 anos de idade. Em 1746 foi canonizado por Bento XIV.  São Camilo é padroeiro dos agonizantes.”
Reflexões:
O jogo é um vício detestável pelos prejuízos  que causa, natural e espiritualmente. O jogador  perde o dinheiro, o tempo, a moral  e a consciência. Geralmente, não são muito amigos da oração os que se entregam de maneira desenfreada ao jogo, e a piedade é a virtude que menos cultivam. A roda de que costumam fazer parte, os torna insensíveis, tanto pelo clima de desconfiança,  como pelas sofridas expectativas, ou ainda pelo desligamento momentâneo das virtudes cristãs. Assim, o jogo,  a princípio um divertimento indiferente, torna-se facilmente uma paixão perigosa, que poderá trazer completa ruína material e espiritual,  afastando a alma de Deus e do último fim, que é a felicidade eterna.
Se há jogos que não encerram o perigo de perder dinheiro, pelo menos exigem o sacrifício do  tempo, que de todos os  bens  é o mais precioso.  Seja, portanto, neste tipo de jogo,  o tempo aproveitado para sincera confraternização entre familiares e amigos,  não devendo-nos, porém,  permitir que se transforme em freqüente vício ou motivo de contendas inúteis, constrangimentos ou discórdias.
O exemplo de  São Camilo,  nos permite vislumbrar,  a sua completa renúncia dos vícios terrenos e a sua nova concepção pela busca da  salvação das almas. Saber que o tempo passa rapidamente e que deve ser aproveitado com a maior  intensidade possível,  para as coisas do Alto. E que para se atingir a Eternidade, inevitavelmente deveremos experimentar o sofrimento, vivê-lo com profundo amor e resignação, ao mesmo tempo, socorrendo com verdadeira caridade, ao maior número possível de irmãos que necessitam do nosso imediato auxílio. Foi dentro deste espírito de extrema caridade, que a família camiliana atravessou os séculos, em busca de milhares e milhares de almas;  seu divino brilho que até hoje resplandece, por sua  atuação espiritual junto ao povo de Deus.
A cruz vermelha, símbolo da Ordem de todos os membros da família camiliana,   tornou-se o símbolo universal de  solidariedade entre os povos e de irrestrito amor aos sofredores.  Afixado nos hospitais, órgãos de saúde e em muitos medicamentos,  este símbolo foi adotado como sinônimo de estabelecimentos de saúde ou de produtos afins. O símbolo da  Cruz Vermelha Internacional, foi também adotado como símbolo universal de solidariedade entre os povos, baseado no extremo engajamento de São Camilo, que inaugurou o símbolo de sua congregação junto ao Hospital de São Tiago, em Roma. A fama e  santidade dos seus discípulos,  que dedicaram-se e ainda dedicam-se exaustivamente à causa dos pobres enfermos, deixou carinhosamente  marcado na memória de diversos povos e comunidades aquele emblema marcante, a cruz de Cristo no tom vermelho de Seu sangue,  fixado na parte frontal do hábito camiliano.  Esta farda de caridade, tornou-se distintivo perpétuo e universal, para todos aqueles que, imitando o exemplo de  São Camilo, tornaram-se sensíveis aos sofrimentos e angústias dos doentes e agonizantes.
*  *  *  *  *  *  *  *  *
Fonte: Página Oriente em 2016

São Camilo de Léllis

NascimentoNo ano 1550
Local nascimentoBucchianico de Chieti
OrdemPresbítero
Local vidaAbruzzos - Itália
EspiritualidadeSeu pai era marquês, homem de armas e deixou-lhe e herança sua coragem e sua espada. Apareceu-lhe uma úlcera nos pés e teve que largar a carreira de armas. Durante toda a vida teria que suportar o incômodo causado por essa úlcera. Várias vezes hospitalizado, foi obrigado a trabalhar para pagar o tratamento. O vício do jogo era uma de suas torturas: foi numa partida que perdeu tudo, ficando somente com a roupa do corpo. Sem dinheiro nem abrigo, teve que se colocar a serviço dos capuchinhos. Tomava conta dos cavalos do mosteiro. Nessa ocasião (aos 25 anos de idade, foi atingido pela graça divina e decidiu entrar para a ordem dos franciscanos. Mas foi recusado pelos irmãos franciscanos devido àquela úlcera nos pés. Partiu então para Roma e dedicou-se ao serviço dos enfermos mas diante da situação precária do hospital onde trabalhava, decidiu fundar sua própria casa para dar assistência aos peregrinos enfermos, batizando-a com o nome de Congregação dos Ministros: além da cura corporal, trazia-lhes conforto espiritual. São Camilo tratava a cada enfermo como trataria a Nosso Senhor Jesus Cristo em pessoa. Durante 36 anos teve que suportar aquela úlcera em seu pé sem nunca vê-lo mal humorado. Dois anos depois, dirigido diretamente por são Felipe de Neri, foi ordenado sacerdote. Com bons colaboradores fundou a Comunidade Servos dos Enfermos em 8 de dezembro de 1591 e atualmente são conhecidos como Padres Camilos. Durante vinte anos permaneceu firme no comando de suas funções, até que, em 1607, renunciou ao seu cargo de superior geral antes de falecer, em santa morte. Atualmente sua congregação chama-se a dos "Padres Camilos".
Local morteRoma
Morte14 de julho de 1614, aos 64 anos de idade.
Fonte informaçãoSanto nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoÓ São Camilo, que, imitando Jesus Cristo, destes a vida pelos vossos semelhantes, dedicando-vos aos enfermos, socorrei-me na minha doença, aliviai minhas dores, fortalecei meu ânimo, ajudai-me a aceitar os sofrimentos, para purificar-me dos meus pecados e para conquistar os méritos que me darão o direito à felicidade eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém. São Camilo, rogai por nós.
DevoçãoAos doentes, vida de serviço
PadroeiroDos enfermo, Enfermeiras
Outros Santos do diaFco, Solano (presb.); Águila e Hilário, Ciro (presb); Basino (márt.); Deotila e Gertrudes, Herácles (bispo); Justo e Liberto(márt.); Marciano, Lauderico, Onésimo, Optaciano (bispos); Rolando, Rufino e Avenâncio, Tuscana (viúva).
Fonte:
ASJ em 2016